Faz oito anos desde o casamento por conveniência de Prudence e Nikolas Angelis. A relação deles nunca foi consumada, sempre viveram separados. Mas agora, Prudence deseja ter um bebê e quer o divórcio. No entanto, Nik está decidido: ele é o marido dela e será o pai dessa criança.
Eu gostei muito desse livro, achei muito bom.
No começo, dá aquela raivinha por causa do preconceito do Nikolas e o apelido infame por que ele a trata é o fim: pudim.
Oh...
O tema pode até ser meio batido, casamento de conveniência, mas eu sempre gosto do que a Lynne Graham escreve.
No começo do livro a mocinha é meio boboca, muito tímida e envergonhada.
Então, ela acha que Nikolos é infinitamente superior a ele por que é bonito como o diabo!
Enfim, ela tem baixíssima auto-estima, mas logo isso muda e ela percebe que seu marido lindo a deseja de forma possessiva e abrasadora.
Trechinho
Chocada, Prudence percebeu que o olhar de Nik estava fixo em
seus lábios. Ela corou por não acreditar no que ouvia. Ele certamente não teria
falado aquilo. Se pronunciou aquelas palavras, ela teria entendido errado.
Ciente de que suas habilidades como negociador não tinham dado
muito resultado, Nik tentou apelar.
- Pense com inteligência. Há oito anos, éramos quase crianças.
Nós fizemos o que tínhamos que fazer por impulso. Hoje, somos mais velhos e
mais sábios.
Prudence sentiu uma pressão maior do que poderia suportar
internamente. Qual era o problema com ele? Durante esses oito anos deixou o
coração dela em pedaços com sua indiferença, e agora sugeria que experimentassem
um novo casamento como se fosse um par de sapatos novos. Ela desejava gritar,
mas não antes de estrangulá-lo por atrever-se a oferecer o que ela um dia
suplicou, logo agora que reuniu forças para desligar-se de tudo.
- Não, obrigada - Prudence respondeu. Nikolos ficou chocado, e
seu olhar escureceu. Não podia acreditar naquela recusa instantânea. Ela estava
terminando com ele. No fundo, ele sempre achou que se acertariam. Nunca
duvidou, nem jamais precisou pensar no assunto. Nik sabia que ela o esperaria
como uma companheira fiel e com a tolerância da mulher inteligente que era até
que ele estivesse pronto para assumir aquele compromisso.
- Pense bem no que está dizendo - Nik tentou encoraja-la. -
Isto envolve nós dois e, afinal de contas, ainda somos casados.
- Somente no papel.
- Mas podemos transformar isso em realidade.
Prudence se esforçou muito para conseguir esquecê-lo, só Deus
sabia quanto. Ela não tinha muita prática em resistir ao intenso charme de
Nik. Bastava um simples sorriso ou o indício de cordialidade no olhar dele que
seu coração tolo disparava. Não mais, ela falava para si mesma com firmeza.
- Não quero que isto se torne realidade.
Nik se aproximou dela decidido e firme, e ela não dificultou a
aproximação. O coração dela disparou. Sua consciência pedia que ela se
afastasse e se livrasse dele com requinte. Uma voz branda emergiu do seu
subconsciente e disse que era perfeitamente aceitável que estivesse curiosa
sobre como se sentiria se ele a abraçasse. .
- Eu posso não ser muito bom no campo sentimental, mas me
sobressaio em muitas outras coisas - Nik murmurou.
- Você é muito modesto - ela estava tão tensa e com tanta
expectativa que mal conseguia respirar. No meio de tanta confusão, não
conseguia mais pensar. De fato, estava se deleitando com o toque dos longos
dedos de Nik em sua bochecha, passeando pelos cabelos e pelo rosto.
- Modéstia não vence batalhas. Se você fugir outra vez, irei
atrás.
Um nó se formou no estômago de Prudence. Ela pressionou uma
coxa contra a outra. Os bicos dos seios estavam extremamente sensíveis. As
bochechas coraram. Quando ela estava à beira de ser arrebatada por ele, Nik aproximou aquela boca
masculina e beijou-a. Foi infinitamente íntimo e incrivelmente bom. Ela se
segurou no paletó dele para manter-se de pé. A invasão da língua dele em seus
lábios carnudos e macios a fez estremecer. Ela desejava mais. Queria entregar-se
ao doce e perigoso prazer que ele oferecia e esquecer-se do seu orgulho. Mas
quando ele puxou-a para junto dele, ela bateu com o calcanhar no baú de madeira
próximo à parede e foi tomada por vergonha pelo que eles estavam fazendo.
Livrando-se do domínio dele, ela deu alguns passos para trás
e tentou se acalmar, enquanto procurava ignorar a forte sensação de perda de
controle.
Respirando profundamente, Nik resistiu ao desejo de puxá-la de
volta como um homem das cavernas.
- O que há de errado?
Envergonhada com seu comportamento, ela mal conseguia olhar
para ele. O que havia de errado estava trancado com o conteúdo do baú próximo a parede. Ela ponderou aflitamente:
- Eu não deveria permitir isso.
- Por que não?
- Porque quero o divórcio.
- Por quê? Existe outro homem em sua vida?