Sombras do Passado
Helen BianchinEu adorei este livro.
Li já faz um tempo e achei intenso, forte.
É um livro que vale a pena ser lido mais de uma vez.
Eu sou suspeita em dizer por que adoro as histórias da Helen.
Sou fã de carteirinha.
Adoro os homens fortes e sedutores, e as mocinhas decididas e apaixonadas.
Abaixo está uma pequena amostra desse livro muito bom!
—
Com medo, Shannay?
—
De você? Não.
— Talvez deva ter — advertiu, estendendo-lhe um
prato.
—
Oh, por favor. — Serviu-se de uma pequena porção e lançou-lhe um olhar zombeteiro.
— Que tal me dar uma folga?
Ele se serviu de uma porção generosa, depois escolheu com
cuidado um garfo.
—-
Quase quatro anos — disse com sua voz arrastada. — E o pulso na base de seu
pescoço ainda a trai, batendo mais depressa.
—
Seu ego me assombra.
—
Não se perguntou como nossas vidas seriam agora se você tivesse ficado aqui?
—
Nem uma vez -— conseguiu responder com frieza, e sabia que estava mentindo,
consciente das noites que tinha passado acordada, imaginando exatamente isto.
Como sua busca pela felicidade fracassara, como tinham se separado.
Talvez
Nicki não fosse filha única — por que não podia pensar em se entregar a outro
homem ou em ter um bebê de outro?
—
Interessante.
Shannay
dobrou cuidadosamente o guardanapo, colocou-o sobre a mesa e se levantou,
olhando-o com ódio.
—
Vá para o inferno, Marcello.
—
Sente-se, Shannay.
—
Para ser desmembrada e analisada para seu divertimento? Esqueça.
Voltou-se
e deu alguns passos quando mãos fortes se fecharam em seus ombros.
Num
movimento de reação, ela levantou a cabeça e olhou para ele.
—
E agora? A tática dos braços fortes?
—
Não. Apenas isto.
Ele
abaixou a cabeça e capturou-lhe a boca num beijo forte que a pegou inteiramente
de surpresa e destruiu sua vontade.
O
leve grito de desespero nasceu e morreu em sua garganta e, quase como se o
sentisse, seu toque se tornou mais
gentil e abertamente sensual, procurando os tecidos sensíveis antes de
tocar-lhe a ponta da língua com a sua, numa dança erótica que acordou a paixão
latente que vivia adormecida na superfície de seu controle.
Ela
sentiu-lhe as mãos se moverem, uma segurando-lhe a cabeça enquanto a outra a
acariciava nas costas, apertando-a mais contra ele.
Os
olhos dela se fecharam enquanto lutava contra a entrega.
A
tentação de retribuir o beijo era quase insuportável e ela gemeu quando ele se
afastou ligeiramente e começou a sentir-lhe o gosto em movimentos sensuais,
brincando com seu lábio inferior, mordendo-o de leve até ela sucumbir a doce
feitiçaria que usava.
Deus
do céu. Era como voltar para casa, quando Marcello moldou-lhe a boca com a
dele, encorajando sua resposta, levando-a com ele numa evocação de sabor que se
tornou mais... e prometia muito.
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