23 de outubro de 2011

Paixão - Ed. 95 - Sombras do Passado

Sombras do Passado
Helen Bianchin

Eu adorei este livro.
Li já faz um tempo e achei intenso, forte.
É um livro que vale a pena ser lido mais de uma vez.
Eu sou suspeita em dizer por que adoro as histórias da Helen.
Sou fã de carteirinha.
Adoro os homens fortes e sedutores, e as mocinhas decididas e apaixonadas.
Abaixo está uma pequena amostra desse livro muito bom!


— Com medo, Shannay?
— De você? Não.
—  Talvez deva ter — advertiu, estendendo-lhe um prato.
— Oh, por favor. — Serviu-se de uma pequena por­ção e lançou-lhe um olhar zombeteiro. — Que tal me dar uma folga?
Ele se serviu de uma porção generosa, depois esco­lheu com cuidado um garfo.
—- Quase quatro anos — disse com sua voz arrastada. — E o pulso na base de seu pescoço ainda a trai, batendo mais depressa.
— Seu ego me assombra.
— Não se perguntou como nossas vidas seriam agora se você tivesse ficado aqui?
— Nem uma vez -— conseguiu responder com frieza, e sabia que estava mentindo, consciente das noites que tinha passado acordada, imaginando exatamente isto. Como sua busca pela felicidade fracassara, como tinham se separado.
Talvez Nicki não fosse filha única — por que não po­dia pensar em se entregar a outro homem ou em ter um bebê de outro?
— Interessante.
Shannay dobrou cuidadosamente o guardanapo, colo­cou-o sobre a mesa e se levantou, olhando-o com ódio.
— Vá para o inferno, Marcello.
— Sente-se, Shannay.
— Para ser desmembrada e analisada para seu diver­timento? Esqueça.
Voltou-se e deu alguns passos quando mãos fortes se fecharam em seus ombros.
Num movimento de reação, ela levantou a cabeça e olhou para ele.
— E agora? A tática dos braços fortes?
— Não. Apenas isto.
Ele abaixou a cabeça e capturou-lhe a boca num beijo forte que a pegou inteiramente de surpresa e destruiu sua vontade.
O leve grito de desespero nasceu e morreu em sua garganta e, quase como se o sentisse, seu toque se tornou mais gentil e abertamente sensual, procurando os tecidos sensíveis antes de tocar-lhe a ponta da língua com a sua, numa dança erótica que acordou a paixão latente que vi­via adormecida na superfície de seu controle.
Ela sentiu-lhe as mãos se moverem, uma segurando-lhe a cabeça enquanto a outra a acariciava nas costas, apertando-a mais contra ele.
Os olhos dela se fecharam enquanto lutava contra a entrega.
A tentação de retribuir o beijo era quase insuportável e ela gemeu quando ele se afastou ligeiramente e come­çou a sentir-lhe o gosto em movimentos sensuais, brin­cando com seu lábio inferior, mordendo-o de leve até ela sucumbir a doce feitiçaria que usava.
Deus do céu. Era como voltar para casa, quando Marcello moldou-lhe a boca com a dele, encorajando sua resposta, levando-a com ele numa evocação de sabor que se tornou mais... e prometia muito.

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