10 de novembro de 2011

O Rapto - Day Leclaire


O Rapto
The forbidden princess
Day Leclaire

Era uma vez uma princesa seqüestrada minutos antes de subir ao altar. O nome dela era Alyssa Sutherland, e todo o reino da Verdônia acreditava que ela seria a futura rainha.
Entretanto, havia rumores de que Alyssa não estava se casando por amor... Porém, o que quase ninguém sabia era que havia alguém à espreita. Alguns afirmavam que o príncipe era Merrick Montgomery. E os fofoqueiros de plantão já falavam de uma fuga da noiva para se casar com ele! Será que a princesa Alyssa tinha sido raptada... ou Merrick simplesmente roubara seu coração?

Trechinho
Aquele era um homem que vivera aventuras perigosas. Um brilho implacável nos olhos condizia com as linhas impiedosas que lhe marcavam o rosto. Qualquer traço de gentileza fora talhado muito tempo atrás, reduzindo sua aparência à simples essência de um homem que se abstém de ternura, compaixão e de tudo o que é moderado, um homem que não se deixaria dominar pelo amor de uma mulher e que não fazia concessões nem se rendia, por mais difícil que fosse a luta.
Ele a encostou contra o tronco de uma árvore, segurando-a apenas com a mão que lhe mantinha a boca fechada e com a força de sua presença. O tronco duro machucava as costas de Alyssa através do vestido.
— Eu solto você se prometer não gritar. Do contrário, vou amordaçá-la. Fui claro?
Alyssa balançou a cabeça com cuidado. Ele retirou os dedos de sua boca, um a um. Levantando o queixo, ela se forçou a encarar os olhos de leão sem se amedrontar. Não suplicaria, recusava-se a implorar, mas queria algumas respostas antes de dar mais um passo.
— Por quê? — perguntou ela com os lábios ainda dormentes, mas deixando transparecer um tom de ultraje na voz.
Ele deu de ombros e a camisa preta se esticou sobre o peito largo e musculoso.
— Você é apenas um peão. Um peão que pretendo tirar do tabuleiro.
O coração de Alyssa acelerou. Como ele planejaria removê-la do jogo? Aquilo queria dizer que ele a mataria? Uma onda incontrolável de histeria inundou-lhe o peito, prestes a explodir.
— Não existe outra solução? — Ela forçou a voz a passar pela garganta contraída, ignorando o tom de súplica que suas palavras adquiriram.
A expressão dele permaneceu implacável, impiedosa. Aquele era um homem que não se comovia com lágrimas femininas, nem com súplicas, exigências ou artifícios. O que aconteceria seria decidido por ele, e ela nada poderia mudar.
— Não posso permitir que o casamento se realize. — Ele hesitou e, para surpresa de Alyssa, um clarão de constrangimento atravessou os olhos dourados e foi afastado rapidamente. — Preciso do seu vestido.
O pedido a pegou de surpresa.
— Meu o quê?
— Seu vestido de noiva. Dispa-o.
— Mas... Por quê?
— Resposta errada.
Ela sacudiu a cabeça. Seus cabelos haviam se soltado quando ele lhe arrancara o véu e caíram em cascata sobre seus ombros, protegendo-a como um manto.
— Então vai gostar menos ainda do que tenho a lhe dizer. Não posso tirá-lo.
Ela acertara. Ele não gostou da resposta. Marcas fundas se formaram em tomo de sua boca e seu rosto demonstrou irritação. O leão se agitara.
— Preste atenção, princesa. Ou você tira o vestido, ou eu o tiro. A escolha é sua.
Por alguma razão, a resposta enfureceu Alyssa. Ela não sabia onde encontrava forças para dominar o medo que a mantinha no limite. Apenas reconhecera que tinha duas opções. Poderia abandonar-se ao medo e começar a gritar, sabendo que, quando começasse não pararia mais até que ele a silenciasse, talvez para sempre; ou poderia reagir àquela situação impossível com um pouco de dignidade.
Ela olhou diretamente para Merrick.
— Estou lhe dizendo a verdade. Não consigo tirar meu vestido. Ele foi costurado no corpo. Imagino que seja um costume local. Portanto, se vai me matar, acabe logo com isso.
— Matar você? — Algo brilhou em seus olhos. Surpresa? Contrariedade? Afronta? — Não pretendo matá-la, mas preciso deste vestido. Ele vai chamar muita atenção. Portanto, se não consegue tirar a maldita roupa, eu a tiro.
Alyssa ouviu o ruído nítido de metal contra couro e, incapaz de evitar, ela olhou para baixo. Ele puxara uma faca de uma bainha escondida na perna. Era uma grande faca serrilhada que brilhava ameaçadoramente, mesmo à sombra do grande carvalho. Ela prendeu o fôlego. A escuridão impedia sua visão periférica. A faca e a mão que a segurava pelo cabo com inconfundível habilidade e eficiência eram tudo o que ela enxergava.
— Não...
Ela conseguiu falar no exato momento em que a faca descia num súbito e rápido movimento curvo e sua ponta atingia o corpete do vestido. Por uma fração de segundo sentiu o frio desagradável do metal contra os seios, antes que ele continuasse seu movimento descendente, cortando a seda até a barra da saia. Merrick arrancou o vestido rasgado dos ombros de Alyssa, deixando-o cair sobre a relva a seus pés.
Ela estava branca. Cada pedacinho de pele do seu corpo perdera a cor enquanto lutava para respirar.
Merrick observou essa reação com amargo desprazer pelo que tivera de fazer. Desprezava seu próprio comportamento e aquilo em que se tornara por causa de von Folke.
A despeito de tudo o que acontecera, Alyssa se recuperara rapidamente, o que era impressionante. O medo e o pânico haviam desaparecido do seu rosto e a fúria brilhava no azul intenso de seus olhos. Merrick admirou sua coragem, mesmo sabendo que aquilo tomaria sua tarefa mais difícil.
No momento em que recuperou o fôlego, Alyssa atacou.
— Canalha!

Na minha opinião...
Eu gostei dessa história.
É dinâmica, cheia de ação, sensualidade e muita tensão sexual.
Li rapidinho de tão legal que achei.
A Alyssa e o Merrick realmente foram feitos um para o outro.
Eles se alfinetam o tempo todo e sentem demais a presença um do outro.
Enfim, adorei!
100% recomendado!

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