7 de maio de 2013

Violência Contra a Mulher


Sabe que meu último post - O Filho do Demônio - me deu o que pensar...
Óbvio que ali se trata apenas de um livro para o entretenimento e a escritora era uma mulher nascida nos anos 30 com ideais e ideias diversos dos atuais.
Pois bem.
Durante toda a semana, tanto na TV quanto na net, muito se falou sobre casos de estupros no RJ.
Vi, ainda, que o número de casos de estupro aumentou consideravelmente em todo o território nacional.
Não importa quantos anos tenha, nem o tipo físico, nem a cor dos olhos ou dos cabelos.
Não importa que seja um ser humano.
Não importa que seja uma cidadã.
A única coisa que importa para estes seres abjetos é tomar aquilo que eles acham que, por algum sórdido e distorcido senso de irrealidade, lhes pertence.
Que direito tem um homem de tomar à força uma mulher que lhe é desconhecida? Ou não. Há muitos casos de estupros que são realizados dentro de quatro paredes por um infeliz conhecido: o próprio marido.
O que leva um ser do sexo masculino - me recuso a chamá-lo de homem porque um homem de verdade não faria tal coisa -, a humilhar, ultrajar uma mulher desta forma tão vil?
Sobrepujar o mais fraco a ponto de lhe tomar aquilo que lhe é tão caro?
Claro que um homem é mais forte que uma mulher, eles são feitos de músculos e nós de massa porque temos o dom de gerar a vida.
O que leva um homem a tal atitude?
Que falta de caráter é essa?
Que mórbido prazer é esse de tomar à força, arrancar, marcar, humilhar, ultrajar uma mulher?
Fomos feitos para nos completar e não nos matar!
Estatísticas comprovam que a cada 3 minutos - sim, 3 minutos - uma mulher é violentada no Brasil. E, aqui, não pensemos apenas em violência sexual.
E quanto àquelas mulheres que apanham e sofrem caladas? Será que é apenas fraqueza? Nem todos somos forjados no mesmo material.
E aquelas, ainda, que são mortas sem qualquer chance de defesa pelo homem em quem confiavam? Com quem dividiam suas vidas, seus anseios e expectativas.
O que passa na cabeça desses homens? Essas coisinhas insignificantes que destroem a classe masculina?
Sim, porque não podemos afirmar que todos são iguais. Seria um erro.
Mas, o que são essas pessoas?
Chamá-los de animais seria ferir o senso do macho que corteja a fêmea desejada para o acasalamento.
Que direito tem um homem de levantar sua mão pesada e descer contra a face de uma mulher?
Estamos no século XXI em que a tecnologia avança a passos largos, carros cada vez mais equipados e modernos são lançados, computadores de última geração cabem na palma da nossa mão e o ser humano regride de maneira assustadora.
Enquanto tudo avança cada vez mais, aquele que deveria ser o mais avançado está regredindo para o tempo das cavernas. Porém, naquela época era uma forma de cortejar a mulher arrastá-la pelos cabelos. Hoje, temos um bando de inúteis que se utilizam de sua força, não para proteger uma mulher, mas, para subjugá-la às suas menores vontades.
Posso dizer, por experiência própria, que durante minha adolescência fui seguida por duas vezes por homens com óbvias intenções e consegui escapar.
Hoje sou uma mulher adulta, mas não me esqueço do medo que passei naqueles dias. Mesmo agora, depois de tantos anos, me repugna a imagem daqueles seres.
Graças ao bom Deus e às longas pernas que ele me deu consegui correr e me salvar. Não chegaram perto de mim, mas a sensação não é das melhores.
Por mais que eu tente não consigo imaginar o que essas mulheres passaram e passam nas mãos imundas de seus algozes.
Não quero sair como vítima de nada, até porque não fui. Ainda bem e agradeço aos Céus por isso.
Mas, não devemos encarar esta situação como habitual.
Nós mulheres somos capazes e podemos, sim, fazer o que os homens fazem. E, ainda por cima, de salto!
Chega disso!
Nenhuma mulher é capacho para que um homem limpe seus pés nela.
Em um tempo de evolução, é o ser humano que regride.

1 comentários:

Kátia disse...

Fran, tem selinho para vc lá no blog, bjs

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