6 de novembro de 2011

Coração Vazio - Melanie Milburne

Coração Vazio
Melanie Milburne

Ele terá de seduzir a mulher que deu à luz seu herdeiro...
Jake Marriott sempre fora claro a respeito das regras de seus relacionamentos: nada de casamento; nada de filhos.

Por isso, quando Ashleigh Forrester descobriu que estava grávida, ela o deixou. Mas Jake voltou, e está decidido a convencê-la de que seu lugar é na cama dele. Contudo, logo a verdade se revela: o pequeno Lachlan é seu filho... Agora, Jake tem novos planos para Ashleigh...

Na minha opinião...
Eu gostei muito desse livro.
A paixão entre Jake e Ashleigh é intensa demais, deliciosa.
Jake é um arquiteto muito bem sucedido, as mulheres o adoram, ele é muito bonito e sensual. Mas, leva em sua alma feridas intensas de uma infância de maus tratos sofridos nas mãos de um pai insano.
Ashleigh, ao contrário de Jake, sempre teve o amor e apoio da família que lhe são cruciais quando retorna de um relacionamento grávida.
Quase cinco anos depois, Jake e Ashleigh se reencontram quando ele contrata a empresa que ela trabalha para avaliar algumas antiguidades que lhe foram deixadas pelo pai em testamento.
Tanto tempo depois, Ashleigh está noive, mas isso não impede Jake de submetê-la novamente à sua sensualidade e é impossível negar a chama da paixão que os consome apenas por um olhar.
Ela esconde a gravidez dele e quando ele descobre, por mero acaso, que tem um filho com ela fica furioso. Mas, a fúria dele tem bases mais profundas que meramente não saber que concebeu um filho com ela.
As cenas entre eles são sempre intensas e cheias de desejo contido e quando explode é como uma represa de sensações.
É um bom livro e eu recomendo.

— O que você acha? — perguntou Jake. Virou-se para olhar para ele.

— Acho que você escolheu a pessoa errada para avaliar o preço de tudo isso. — Mordiscou os lábios por um instante antes de acrescentar: — Howard seria muito mais indicado para lhe fornecer...
 
— Mas eu quero você.
 
Algo em seu tom fez com que Ashleigh pensasse que ele não estava falando da mobília.
 
— Não posso ajudá-lo... — Passou por ele, subitamente desesperada para fugir daquela casa e de sua presença perturbadora.
 
— Espere. — Ele a segurou pelo braço e a imobilizou. Não havia escolha a não ser sustentar os olhos negros. — Não vá.
Respirou com dificuldade. A mente exigia partir, mas o coração traiçoeiro insistia em ficar.
 
— Jake... — A voz não parecia sua.
 
As mãos fortes lhe aninharam o rosto. Os dedos se moveram sobre a curva dos lábios. A carícia foi tão suave que seus olhos se encheram de lágrimas.
 
Observou-lhe a boca descer sobre a sua e, apesar da convicção interna, não fez nada para detê-lo.
 
Não pôde.
 
Seu coração voltou no tempo, os lábios desejando a pressão dos dele depois de quatro anos de carência. A pele implorava por contato. Sentiu arrepios de antecipação pelo corpo todo e as pernas enfraqueceram de desejo com o contato dos lábios sedentos. Ser tocada novamente provocou todos os sentidos adormecidos. O beijo queimou sob a pressão da boca há tanto tempo desejada. Entreabriu os lábios, completamente entregue às carícias. 

Ele comandava sua língua com ardor.
 
Os joelhos cederam quando ele a puxou para si. A rigidez dos músculos contra suas curvas suaves em um encaixe perfeito. Ondas de desejo fluíam entre os corpos. Tudo nela respondia com paixão. O corpo másculo e exigente a despertava, todos os senti¬dos vibrando em contentamento. Sentiu-lhe a força da ereção impetuosa e seu calor e firmeza a intoxicaram com lembranças de toda a intimidade compartilhada no passado.
 
Seu corpo não guardava mistérios para ele. Cada ondulação e cada curva foram experimentadas pelas mãos confiantes. Ele provara sua pele com apetite. Uma súplica muda ressoava, esquentando seu sangue. Ansiava por sentir novamente as carícias conhecidas. Encontrou-se presa em um redemoinho de emoções descontroladas. 

Pertencia a ele novamente. Bastava um olhar para se dissolver nos braços fortes e fazer o que ele quisesse...
 
Fugiu dos seus braços com uma determinação que não sabia ter.
 
— Você não tem o direito. — Os lábios despejavam as palavras. — Estou noiva. Você não tem o direito de tocar em mim.
 
— Você me deu esse direito quando me olhou dessa forma. — Os olhos impiedosos estavam carregados de ironia.
 
— De que forma? — respondeu na defensiva. — Não olhei para você de forma alguma.
 
— O que seu noivo diria ao ver como você reagiu em meus braços? — Um sorriso cínico se desenhou na boca morena.
 
Ashleigh sentiu o rosto arder. A culpa lhe queimava a pele. Sentiu-se transparente, como se ele pudesse ver seus segredos mais íntimos.

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