2 de janeiro de 2012

Marcas de Amor - Lynne Graham



Marcas de Amor
Virgin on her wedding night
Lynne Graham
Ed. 189


Eles resolveriam pendências do passado... do modo dele.
Assombrado por uma infância de ilegitimidade e pobreza, Valente Lorenzatto jamais perdoou Caroline Hales por tê-lo abandonado no altar. Agora, ele ganhou milhões, reivindicou sua herança aristocrática veneziana... e está determinado a ter sua vingança. Valente arruinará a família de Caroline ao se tornar dono de tudo que têm... a menos que ela lhe dê o que lhe negou cinco anos atrás...

Um trechinho...

— Então, é o dono de tudo isso agora — comentou, lutando para dominar a fraqueza física que a envergonhava.
— Sí, piccola mia — murmurou Valente, querendo dizer sim, minha menina.
Observou que Caroline respirava depressa, e admirou a perfeição da pele, a cor cambiante de seus olhos e a suavidade rosada de sua boca. O lindo perfil, os cílios longos, os músculos enrijecidos em volta dos lábios falavam de vulnerabilidade e despertavam seu lado predador, porque sabia que, no fundo, não passava de uma vigaristazinha dissimulada. Caroline era seu oposto em termos de aparência e personalidade mas, de qualquer modo, assim que a vira de novo, desejara-a com força e impaciência que chegavam mesmo a desequilibrá-lo.
— Deveria ter tido mais fé em mim — prosseguiu com a mesma frieza, sua autodisciplina voltando a ajudá-lo.
Caroline deixou escapar quase sem fôlego:
— O que você quer que eu diga? Que lamento? Eu...
— Não quero as suas desculpas — interrompeu Valente num tom que mais lembrava uma faca afiada.
Estava perigosamente imóvel, sua figura alta e forte emanando energia e raiva enquanto a observava. Quanto a Caroline, seu rosto estava inexpressivo como uma boneca, e apenas os olhos grandes revelavam sua ansiedade. Ela estava diferente, mudara, percebeu Valente franzindo a testa. Tomara-se uma mulher que já não revelava todos os sentimentos na fisionomia. Parecia que já não era a filha mimada de pais mais idosos, e aprendera a se firmar nos próprios pés. E eram pés pequenos, refletiu, que no momento calçavam sapatos sem salto, sem a menor sensualidade. Nesse instante Valente decidiu que faria uma fogueira, alimentada com as roupas dela.
— Não compreendo por que deseja tudo que costumava pertencer à minha família — prosseguiu Caroline.
— Não seja tão modesta — sussurrou Valente.
Ela se aprumou, tentando aparentar uma altura que não tinha.
— Não estou sendo modesta. Nem mesmo sei por que me chamou aqui.
— É simples — replicou Valente com suavidade. — Espero que cheguemos a um acordo civilizado que dê a cada um de nós o que mais desejamos. Primeiro, direi o que quero: Você, na minha cama.
Caroline ficou tão espantada com essa declaração que abriu e fechou a boca diversas vezes, sem deixar escapar nenhum som.
(...)
Antes que ela pudesse prever suas intenções, ele a segurou pela mão, e enquanto Caroline permanecia rígida, puxou-a para si, diminuindo a distância entre os dois com fria determinação. Com um movimento súbito que não conseguiu refrear, ela se livrou e recuou de encontro à parede.
— Que diabos acontece com você? — Valente quis saber, a raiva evidente, observando-a respirar com dificuldade, como à beira do pânico. — Pensou que eu fosse atacá-la?
Caroline estava mortificada por causa de sua reação nervosa, e aterrorizada que ele pudesse descobrir que sempre recuava diante de gestos de intimidade.
— Claro que não... Desculpe... — gaguejou. — É que há muito tempo ninguém me tocava.
Valente analisou seu semblante, percebendo que havia algum segredo ali. Caroline estava muito tensa e nervosa - diferente da jovem calma de 21 anos de quem se recordava. Mas o ditado dizia que águas paradas são perigosas. Nunca desejara saber sobre o seu casamento. Porém conhecia o suficiente para suspeitar que o enlace com o namoradinho de infância não fora muito agradavel para ela. Bailey dirigira mal os negócios, gastara uma fortuna que não era sua com objetos de luxo, e deixara a esposa sem um tostão. Também se comentava que tivera romances extraconjugais.
— Sério, não sei o que houve comigo — murmurou Caroline, desencostando-se da parede, ajeitando a saia, e até tentando dar um sorriso forçado.
(...)
Esquecera como era ser beijada por Valente. Seu hálito acariciava sua face, deixando seus joelhos bambos. O aroma cítrico de sua colônia provocava um nó em suas entranhas, fazendo-a tremer e sentir cada nervo do corpo alerta. Valente não a tocou, não fez nenhum gesto para abraçá-la, e a sensação de continuar livre para se mover deu-lhe forças e a acalmou. O toque da boca experiente era macio, muito sensual, e a fez se inclinar para a frente, aceitando a carícia. Então Valente a obrigou, com muita delicadeza, a entreabrir a boca, sugando seu lábio inferior de modo erótico. Os mamilos de Caroline tomaram a enrrijecer, e ela deixou escapar um leve gemido.
Ao ouvir o som revelador. Valente ergueu a cabeça e analisou sua expressão com olhos semicerrados.
Deu um passo atrás. Ela podia estar tensa e nervosa, mas continuava reagindo com calor e desejo aos seus beijos, refletiu com enorme satisfação. Sentia-se tão excitado pelo perfume e a maciez de Caroline, que poderia atirá-la sobre a escrivaninha e satisfazer sua ânsia ali mesmo. A mera idéia de manter relações sexuais sem amor com ela, sempre e onde quisesse, o deixava em um estado de enorme excitação.
— O tempo acabou, piccola mia — murmurou enquanto ouvia alguém bater à porta, com urgência.
Rígida como um pedaço de pau, Caroline tomou a ajeitar a saia. Seu cérebro trabalhava com a rapidez provocada pelo medo.
— Não pode ter dito aquilo com seriedade... O que... ...sugeriu.
— Ao contrário de você, gosto muito de sexo — confidenciou Valente com candura, observando-a corar. Surpreendia-se que, mesmo depois de vários anos de casamento com um grosseiro estúpido, ela continuasse tão recatada. Porém, pensou de modo preguiçoso, sua atitude falava por si mesma. Era óbvio que Bailey não a tratara bem no quarto. Essa revelação para um homem como Valente, que nunca deixara de satisfazer uma mulher, valia mais que tudo.




Na minha opinião...
Essa é uma típica história da Lynne.
O mocinho é um machão decidido e a mocinha é pressionada pela família e pelo mocinho.
Eu, particularmente, gosto de histórias assim onde o herói e decidido e toma o que quer, impõe sua vontade ainda que por dentro caia de amores pela heroína.
Valente teve uma infância de pobreza mesmo sendo de uma rica família veneziana e aristocrática. Conheceu Caroline em seu trabalho como caminhoneiro na empresa do pai de Caroline.
Ao se envolver com a filha do patrão ele sofreu por sonhar tão alto e foi expulso da empresa como um cão sarnento.
Caroline sempre foi muito protegida pelos pais idosos e sendo filha adotiva ela se via no dever de agradar aos pais a qualquer custa. Mesmo ao custo de sua própria felicidade ao abandonar Valente, seu grande amor, e casar-se com um homem irresponsável e sem escrúpulos.
Valente nutre um ódio profundo por Caroline e sua família, mas ao vê-la, mesmo depois de cinco anos, ele sente um desejo fervente apossar-se dele e só sossegará quando a tiver para si e tiver destruído todo o legado da familia de Caroline.
Eu gostei desse livro.
Achei forte e envolvente, crescendo o nível de desejo e emoção a cada página.
Uma história bem contada e bacana.
Vale a pena a leitura!

1 comentários:

k-rol disse...

eu acho os romances dessa autora não muito emocionantes... não no que importam eu li esse e apesar de não ser ruim eu achei meio que sem sal...